Estou sem sono, decidi-te escrever uma coisa privada, pessoal, que
requer a tua atenção, lê duas, três, as vezes que forem precisas para
perceberes... Não te quero magoar com nada, mas as vezes não é fácil
falar sem o fazer...
Queria falar tudo isto frente a
frente... Não sei se conseguia metade sem drogas... Acho que é o que me
fazia ou faz gostar nelas, a vontade de falar sem metade das
inibições... Escrever é fácil, mas de certa maneira sinto que é "vazio"
Parece que estou a tripar... Estava no banho e pensei, quero viajar, quero ter dinheiro, quero ser feliz mas não sozinho...
Não
quero a tristeza que sinto, penso em como sair dela... é tão fácil
dizer eu avisei-te eu sei... Mas sei que o amor não olha a meios as
vezes... E o futuro nunca conseguimos vislumbra-lo com certeza...
Magoa-me a mim, pensar no que devia ter dito e não disse, ou talvez
tenha dito mas não me lembro...
Mais uma vez tento
calçar os teus sapatos... Como tento muitas vezes com uma multidão de
gente... Tento muitas vezes perceber o que a outra pessoa sentiu...
"Desculpá-la"
Afinal o que é o amor? O que andamos a
fazer? Qual é o sentido desta merda toda? Tenho tantas perguntas...
Tento entender os outros sem me entender a mim...
Tenho
tanta merda que precisava falar... Ou se calhar nem é assim tanta, mas
sabe bem desabafar... Mas as merdas que queria dizer não são fáceis de
escutar, nem de dizer... Que complicação hein? Algumas já te
desabafei... Ou agora ou numa daquelas noites...
Merda... A vergonha não me deixa falar, a sempre constante...
Saquei
um livro qualquer sobre a frase arranja um trabalho que ames e nunca
terás de trabalhar um dia... Pus me a pensar no que amava... Será que
não amo nada? Não tenho um foco... Junto com preguiça... Enfim...
Como sou fútil, como tudo e fútil...
Agora estou a pensar nas primeiras linhas... já não me fazem muito sentido mas vou deixa-las ficar... Um abraço mon ami... :)
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