segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sentido da vida para tótós

Depois vês o insensato e o ridículo e sentes, e perguntas-te...
- O que ando eu aqui a fazer afinal?
 É uma pergunta difícil, a que não consegues bem responder... Podes sempre tentar... Nunca me pareceu mal tentar... No máximo sais ridicularizado mas isso afinal não é o máximo mas sim um pequeno mínimo...
- Ando a passear o corpo... Ando a fazer o que a preguiça não me deixa quando a venço... Ando a fazer o que me apetece... Muitas vezes isso é nada e sinto-me aborrecido... Aborrecimento é em parte o que faz lembrar a questão... Pois um objecto usado perde o sentido... A resposta a esta pergunta seria por conclusão, não o sentido da vida pois esse é uma multitude de coisas, ou até se calhar nem existe, mas uma ordem, de movimento e abstração pois desaparecendo o tempo para a pergunta, desaparecia a pergunta também.

A maldição da prestação...

Quero saber o porque de vivermos assim, quero estar sem preocupações, mas sei que sem preocupações significa tambem sem certos luxos, certos gostos e certas coisas que sabem bem, mas preocupam... Uma prestação, uma responsabilidade, uma obrigação... Valerá a pena? Resta saber se sim, se as vezes, essas, pequenas, as vezes, essas grandes coisas, esses prazeres valem a pena meses e anos de preocupações e dores de cabeça.

O passado e o choro

Inspiro profundamente e torno ácido o liquido insoluvel da minha vida, o vidro embacia e não consigo ver o caminho desta estrada que vou percorrer, sinto pena não conseguir lembrar de muito do que passei, e tenho a tristeza de saber mas não ter a vivida imagem do que a vida me fez passar... Choro por me chamarem mentiroso... Não tem o direito, nem a justificação para tal. Sei que não me lembro e não vou dizer que o fiz se não me lembro... Mas fiz, e agora choro, por quem és tu, por não mereceres o meu choro.