Estava em algum lado, não sabia onde... Talvez por baixo de alguma árvore perdida na planície alentejana, e corria para algum lado, provavelmente para norte... a procura de amizades, de vidas, de algo diferente... Não assistindo bem o que merecia de tal arte, o sentimento apenas se calava e remoía no seu pequeno vermelho sangue, sangue sofrido e merecido de quem não chora lágrimas de agua... Escolhi-te para depositar pequenas palavras de amargura quando não devia, não merecendo tal gesto, no entanto guardas e vives... Mas não acho que como devias... não como merecias, tal como a deusa de um lugar distante disse, não acho que tenhas tudo o que tens direito... Mas a vida muda e torna-se amarga, a nossa vida é eterna por alguns anos, apenas por alguns, no sorriso do sentimento que procuramos, encontramos a nossa magoa escondida no meio de duas pedras de baixo de uma arvore em qualquer lado do mundo...